
O que você deve saber sobre a manutenção de para raios?
Inventado por Benjamin Franklin, por meio de um experimento com uma pipa, que possuía uma fita de cetim e uma chave de metal.
Este que ocasionou em uma faísca na ponta do objeto, quando um raio o atingiu, o sistema de para raio é responsável por receber o raio emitido por tempestades, para prevenir descargas elétricas descontroladas.
Os relâmpagos e trovões, são criados a partir da diferença de potencial, entre as nuvens e o solo, tornando o ar ionizado, provocando os átomos a perderem seus elétrons e consequentemente, originando as cargas elétricas ou raios.
Sua estrutura apresenta uma grande haste metálica, que fica conectada a cabos que conduzem a descarga para o solo.
Costumam ficar no alto dos prédios e foram feitos para proteger os sistemas de instalações elétricas prediais e a vida dos transeuntes da cidade, já que é um fenômeno inevitável de acontecer.
O que a lei diz sobre a segurança contra descargas atmosféricas?
A lei federal 13.425, foi criada para estabelecer algumas normas e medidas para melhor prevenção e combate aos incêndios e desastres naturais em edifícios.
Além de estabelecimentos ou locais públicos de grande circulação foi determinante para abranger todo o país.
A lei sancionada em 2017, constitui a criação de equipe especializada para a fiscalização dos para raios e qualquer outro risco a sociedade.
Este descentralizando a tarefa apenas ao Corpo de Bombeiros. O projeto pci (Projeto de Combate a Incêndio), passa a ser uma exigência federal e de responsabilidade de toda a sociedade.
Universidades relacionadas aos cursos de engenharia e arquitetura, devem incluir o assunto na grade curricular, além de exigências como:
- Proteção à integridade física de moradores de edifícios, estruturas ou quaisquer áreas de risco de incêndio;
- Prevenção e ação contra incêndio e sua propagação ambiental e patrimonial;
- Ter os devidos meios para controlar ou exterminar incêndios;
- Fortalecimento da corporação, juntamente com as lideranças prediais e regionais, a fim de instruir melhor as pessoas para promover melhores medidas de segurança, em caso de incêndio ou pânico.
A importância do Laudo SPDA
O laudo de inspeção SPDA também é fiscalizado e exigido pelo Corpo de Bombeiros, pelo menos uma vez por ano.
Este documento deve obedecer às exigências e conter a devida assinatura de um engenheiro responsável, que irá vistoriar toda estrutura instalada no edifício.
Esta vistoria é válida e pode prevenir acidentes fatais e descargas elétricas irreversíveis, que podem ocasionar em tragédias sem precedentes.
Dentre as verificações exigidas na vistoria, estão a checagem dos cabos e captadores de descargas elétricas, até como está constituído o aterramento da estrutura.
As épocas de estiagem, são as melhores para fazer a revisão e manutenção dos para-raios e apenas um engenheiro poderá emitir o Atestado de Responsabilidade Técnica, o ART.
O passo a passo da manutenção de para-raios
O INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, aponta que mais de 100 milhões de raios atingem o nosso país.
Nenhum sistema, por melhor que seja, pode ser considerado totalmente seguro e confiável e isso, significa um grande risco.
Porém, é possível diminuir consideravelmente, se adotarmos algumas medidas de manutenção de para raios, como veremos a seguir.
Engenheiro eletricista
Contrate uma empresa que tenha um excelente engenheiro eletricista, pois caso contrário, suas instalações podem ser reprovadas na vistoria.
Pesquise sobre a experiência do profissional e em sites de reclamação, PROCON, Reclame Aqui, entre outros, sobre a empresa.
Galvanização eletrolítica
Itens, como cabos galvanizados, possuem camadas intermediárias e as partículas eletricamente carregadas, podem romper as camadas de zinco, comprometendo a proteção.
Estes produtos devem seguir as normas de exigência ABNT – NBR 5419 / 2015, que exige camadas superiores a 0,01 mm. O recomendado é que tenham no mínimo 0,1 mm, prolongando a vida-útil dos condutores.
Cabos de cobre
Os cabos feitos desse material, devem ser de 35 mm quadrados, para captar as descargas e os condutores, de no mínimo 50 mm quadrados, para serem aterrados. Os cabos de cobre nu, devem ser de 7 fios.
Hastes
Feitas de cobre, as hastes são produzidas com aço e cobre e na ponta, não pode ser totalmente coberta por este material. De acordo com a norma ABNT – NBR 13571, a quantidade deve ser de 254.
Conectores de alumínio e cobre
A sugestão de material ideal para os conectores, é feito de latão estanhado, de maior resistência. Podem garantir maior proteção e durabilidade, assim como outros materiais, como o alumínio cobreado.
Verifique também as devidas proteções para os sistemas de gás e energia elétrica do seu prédio ou estabelecimento. Esteja sempre com o seu SPDA atualizado.
E se for necessário, consulte outra empresa para verificar a manutenção e garantir as conformidades das normas estabelecidas.