Financiamento de apartamento: como é a burocracia?

Comprar um imóvel novo não é muito fácil, precisa de uma série de documentos, passar por todos os processos necessários para finalmente conquistar o imóvel desejado, além de uma ajudinha de uma imobiliária especializada, que irá lhe auxiliar a encontrar as melhores alternativas.

 Mas quando esse processo envolve financiamento, pode ser mais demorado e mais complicado, pois é necessário cumprir uma série de burocracias. 

Mas mesmo sendo complicado, não é impossível.

Se você está no processo de financiar um apartamento ou está pensando no financiamento e não sabe como ele funciona, esse post é para você! Continue lendo.

Condições de financiamento

Vários bancos oferecem financiamento de imóveis, o que diferencia um do outro são as condições de pagamento, como por exemplo, as taxas de juros que serão cobradas, a duração do contrato e quanto do valor do imóvel pode ser financiado. 

Você precisa analisar mais de uma opção e mais de um banco, para saber qual se encaixa melhor com a sua necessidade. 

Depois de escolher, o primeiro passo é ir até uma agência bancária e conversar com um gerente para entender melhor o processo e iniciar as etapas para a liberação do valor.

Documentação

Na primeira etapa, é necessário apresentar alguns documentos originais e as cópias. Esses documentos geralmente são: RG, CPF, se for casal, comprovante de casamento e holerite, extrato bancário e declaração de imposto de renda dos dois. 

Caso seja autônomo, pode comprovar a renda através do contrato de prestação de serviços, declaração do imposto de renda, declaração do sindicato da categoria, declaração comprobatória de recepção de rendimentos (Decore) ou recibo de trabalhos prestados.

 Além disso, os trabalhadores rurais, diaristas, barbeiros, ambulantes, cabeleireiros, confeiteiros, entre outros que não possuem conta no banco, precisam preencher uma ficha de cadastro, com a orientação do gerente, que vai auxiliar como será o processo em cada caso.

A comprovação de renda irá indicar quanto o comprador irá poder pagar por parcela e o valor do financiamento no total, o valor delas não pode ser maior que 30% da renda familiar bruta.

 Além dessa comprovação de renda, é feito uma análise cadastral, que vai verificar a situação do CPF da pessoa em órgãos de inadimplência, como o Serasa e outras fontes de consulta, dependendo do critério da instituição.

 Se não houver nenhum problema com os documentos, dados, consultas e comprovantes de rendimento, a liberação de crédito para o financiamento será aprovada com um período de validade, que varia de acordo com o banco (o dinheiro ainda não é liberado nesse momento).

Avaliação do imóvel

Após esse processo da documentação, o banco, através de uma empresa especializada, em engenharia e arquitetura, realiza uma avaliação do apartamento que será financiado, para confirmar o valor.

 Depois disso, o banco irá elaborar um contrato, onde tanto o comprador quanto o vendedor devem assinar. 

Esse contrato será registrado em cartório e levado à agência bancária. 

E após tudo certo com o contrato, é liberado o crédito para o financiamento, o vendedor é pago e o comprador começa a pagar as prestações conforme foi acordado com o banco.

Tipos de financiamento

Existe mais de um tipo de financiamento para comprar um imóvel novo ou usado. Entre eles, pode ser usado o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). 

Também há opções de financiamento direto com a construtora.

Financiamento com o FGTS

O financiamento com o FGTS faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O valor do imóvel e do financiamento tem limites que variam de acordo com o período.

 Só podem participar desse tipo de financiamento, pessoas com uma determinada renda familiar máxima, valor que varia de acordo com a região do país. 

As taxas de juros que são cobradas nessa opção, são mais baixas que no SBPE, que devem obedecer a um limite.

Financiamento com o SBPE

Na opção do SBPE não há limite de renda e caso o valor do imóvel financiado esteja no limite do SFH, as taxas de juros não podem ser maiores que 12% ao ano. 

Quando o financiamento é realizado pelo SBPE, mas fora dos limites do SFH, essas taxas com juros poderão ser maiores de 12%.

Construtoras

Os financiamentos que são feitos direto com as construtoras podem ter mais flexibilidade de negociação. 

Não há limites sobre os valores de financiamento, renda ou taxa de juros, porém nessa opção, os compradores podem correr mais riscos.

 As empresas podem financiar a construção do apartamento com um banco. 

Neste caso, o imóvel comprado será hipotecado a esse banco, e caso a empresa falir e deixar alguma dívida com a instituição financeira, o comprador corre o risco de perder o apartamento.

 A comprovação disso se chama certidão de ônus reais, pode ser obtida em qualquer cartório. 

Se a empresa falir e o banco quiser o apartamento como pagamento, a certidão é o comprovante que o comprador precisa para se proteger.