O que é e como funciona uma estação de tratamento de água

tratamento de agua é algo que, felizmente, está ao alcance de boa parte da população brasileira. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que pelo menos 80% dos habitantes do país consome água potável.

Na prática, isso significa que estas pessoas têm acesso a um líquido saudável, purificado e que não apresenta riscos à saúde.

Entretanto, isso só vem depois de uma série de procedimentos, realizados em um estabelecimento especializado: uma estação de tratamento de água.

Aprenda, neste post, como é o processo de tratamento e como estes locais funcionam.

Por que tratar a água é importante?

Estima-se que algo entre 70 e 75% do corpo humano seja feito de água. Este elemento, portanto, é tido como fundamental para a sobrevivência de todas as pessoas.

Se, por um lado, ele é essencial, por outro, também pode oferecer riscos. A contaminação do líquido, que pode ser direto de sua fonte ou acontecer na caixa de agua, pode causar doenças tais como:

  • Hepatite A;
  • Verminoses;
  • Febre tifóide;
  • Cólera.

Felizmente, evitá-las é simples: basta consumir apenas água tratada.

Como é feito o tratamento de água?

O tratamento de água consiste em uma série de procedimentos, realizados com o objetivo de purificá-la e tornar seu consumo seguro para a saúde humana.

Além disso, as estações dedicadas a este trabalho costumam contar com mecanismos de segurança, como cercas de alambrado, para evitar que terceiros manipulem o processo. Ele, por sua vez, segue as seguintes etapas:

Correção do pH

Depois que a água é captada e chega à estação de tratamento, o primeiro procedimento realizado é a correção de seu pH.

Isso é feito por meio da adição de cal ou soda, dependendo do nível de acidez do líquido neste momento.

O ideal é que ele seja considerado alcalino (ou seja, tenha pH entre 8 e 10) para que seja apto para o consumo humano.

Coagulação

Em seguida, inicia-se o procedimento para eliminar os resíduos sólidos do líquido.

Isso é feito por meio da adição de substâncias químicas que causam a sua aglutinação (ou coagulação), como o sulfato de alumínio ou o cloreto férrico, com o objetivo de facilitar sua remoção.

Floculação

A floculação é, de certa forma, a continuidade da coagulação.

A diferença é que, ao invés de receber substâncias coagulantes, a água é misturada lentamente, também com o objetivo de fazer com que suas impurezas sólidas se aglutinem.

Decantação

Nela, a água fica depositada em tanques, normalmente feitos de arame recozido e concreto, de modo que as partículas sólidas nela presente terminem de se aglutinar.

Quando isso acontece, eles ficam retidos no fundo do tanque, sendo separados definitivamente da água.

Vale ressaltar que nem todas estas impurezas são vistas a olho nu: micróbios também são removidos da água nesta etapa do tratamento.

Filtragem

A filtragem é a última etapa de remoção de resíduos da água.

Nela, o líquido passa por filtros, que podem ser feitos de areia, carvão ou pedras. Estes elementos retêm as impurezas que as etapas anteriores não puderam remover, por qualquer motivo.

Adição de substâncias

Depois de eliminar as partículas estranhas, a água ainda recebe mais algumas substâncias, que complementam o processo de tratamento.

Algumas delas são o cloro, que evita contaminações posteriores, e o flúor, que ajuda a preservar a saúde bucal. Além disso, podem ser feitas correções complementares no pH da água.

O cuidado continua em casa

A demanda por água tratada é grande em todas as regiões do país: só no estado de São Paulo, existem quase 200 estações de tratamento, responsáveis por tornar o líquido apropriado para o consumo de seus habitantes.

Por mais eficiente que o serviço seja, é importante levar em consideração que, quando a água circula pelos canos e tubulações dos imóveis, ela pode se contaminar.

Portanto, é fundamental que os proprietários destes locais façam sua parte para que o líquido consumido seja de primeira qualidade.

Uma das medidas mais importantes para tal é evitar os canos antigos, feitos de cobre. As características deste metal favorecem o acúmulo de sujeira, e, consequentemente, a contaminação da água.

Do mesmo modo, é fundamental contar com uma caixa d’água de qualidade, que seja fácil de higienizar.

Por mais que o reservatório de água metálico preço seja alto, ele é uma boa opção: sua superfície lisa dificulta o acúmulo e proliferação de microorganismos, bem como de resíduos visíveis a olho nu.